28 fevereiro, 2007

Ao Miguel* (20 anos depois)

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
(M. Torga)

*O meu irmão faria hoje 46 anos, foi a primeira pessoa a quem eu contei.... e com quem pude contar. Foi há 23 anos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Quem me dera poder contar com um irmão assim.
Quem me dera poder contar-lhe e amparar os meus segredos ou a minha ansiedade a um irmão como tu tiveste...

Escolheste um poema lindo. Eu ficaria orgulhoso, onde quer que estivesse. Miguel Torga também escolheu sempre muito bem as palavras para revelar o que lhe ia na alma.

Anónimo disse...

Deixas-me sem palavras e aquelas que haveria a dizer o João Manuel já as disse.
Deves sentir-te muito orgulhoso, que belo!

lampejo disse...

Comovente...
Lembrar os que se foram, é perpetuar o seu amor e carinho...

Tongzhi disse...

Um abraço...