Quem tem a suprema felicidade de ter de ir às compras ao supermercado ao sábado de manhã, em vez de ficar desconfortavelmente deitado na cama a tentar recuperar de uma árdua semana de trabalho, certamente que já experimentou a sensação de passar pelo "corredor de acesso ao inferno".
Refiro-me à zona de acesso às caixas, ladeadas por uma infinidade de prateleiras e expositores cheios daquilo a que os pais chamam "porcarias", mas que para as crianças constituem uma verdadeira orgia de sabores, cores e fantasias.
A alegria das crianças, ao passarem por aquela zona, é proporcional ao desespero dos pais, que tentam controlar de uma só vez, com apenas dois olhos e um par de braços, as compras, os sacos, o cartão de crédito, os talões de desconto, as criancinhas e as guloseimas.
As mães são, por norma, mais permeáveis aos pedidos, sobretudo se acompanhados da invariável ameaça de um escândalo de choro e ranger de dentes, ou mesmo de um berro que se ouvirá na zona dos enchidos. As avós e avôs são cúmplices dos pequenos, chegando mesmo a perguntar se não querem mais aquele outro que tem um aspecto delicioso. Há até aqueles que, às escondidas dos pais dos meninos, metem no saco aquela bolinha de açucar corada de vermelho que diz por fora que "não faz mal aos dentes".
Os pais, esses tiranos diabólicos, resistem o quanto podem, entalados que ficam entre a mãe (pede ao teu pai - safam-se elas), os choro das crianças e o olhar cúmplice dos avós.
Eu sou muito complacente... solto um sonoro "NÃO" e arrumo de vez a questão. Não sem antes ser completamente fuzilado por uma dúzia de pares de olhos, entre os quais se encontram sempre os da menina da caixa que acaba sempre por dizer "para a próxima o pai deixa, se te portares bem...."
Hoje, no entanto, a cena foi diferente. O mais velho, aproximou-se de mansinho e mostrando uma caixa parecida com um maço de tabaco e soltou um tímido "posso??".
Enquanto fazia o meu conhecido ar de enfado, que precede o já habitual "NÃO", os meus olhos prenderam-se na frase inscrita na embalagem:
"Que raio!", pensei, o mundo está perdido. Deixa cá ver isso. Do outro lado continuava com a pertinente informação:
Refiro-me à zona de acesso às caixas, ladeadas por uma infinidade de prateleiras e expositores cheios daquilo a que os pais chamam "porcarias", mas que para as crianças constituem uma verdadeira orgia de sabores, cores e fantasias.
A alegria das crianças, ao passarem por aquela zona, é proporcional ao desespero dos pais, que tentam controlar de uma só vez, com apenas dois olhos e um par de braços, as compras, os sacos, o cartão de crédito, os talões de desconto, as criancinhas e as guloseimas.
As mães são, por norma, mais permeáveis aos pedidos, sobretudo se acompanhados da invariável ameaça de um escândalo de choro e ranger de dentes, ou mesmo de um berro que se ouvirá na zona dos enchidos. As avós e avôs são cúmplices dos pequenos, chegando mesmo a perguntar se não querem mais aquele outro que tem um aspecto delicioso. Há até aqueles que, às escondidas dos pais dos meninos, metem no saco aquela bolinha de açucar corada de vermelho que diz por fora que "não faz mal aos dentes".
Os pais, esses tiranos diabólicos, resistem o quanto podem, entalados que ficam entre a mãe (pede ao teu pai - safam-se elas), os choro das crianças e o olhar cúmplice dos avós.
Eu sou muito complacente... solto um sonoro "NÃO" e arrumo de vez a questão. Não sem antes ser completamente fuzilado por uma dúzia de pares de olhos, entre os quais se encontram sempre os da menina da caixa que acaba sempre por dizer "para a próxima o pai deixa, se te portares bem...."
Hoje, no entanto, a cena foi diferente. O mais velho, aproximou-se de mansinho e mostrando uma caixa parecida com um maço de tabaco e soltou um tímido "posso??".
Enquanto fazia o meu conhecido ar de enfado, que precede o já habitual "NÃO", os meus olhos prenderam-se na frase inscrita na embalagem:


Mesmo assim, a minha curiosidade científica, levou-me a pesquisar a razão da inclusão de tão incisivos avisos. Não foi difícil descobrir a explicação. Estava estampada na outra face, em espanhol, mas facilmente preceptível:
"La acción de chupar relaja"
"Chupando, tu mano e tu boca interactuan, y esto ayuda a reducir la ansiedad"
"La glucosa ayuda a producir seretonina, lo que puede generar sensación de calma y serenidad"
Valha-me Deus, voltei a pensar (espantoso, como antes do meio-dia, já tinha pensado duas vezes). Nunca tinha visto as coisas por este prima relaxante. Parece impossível!!!
CHUPEMOS, ENTÃO.
Viva a calma e serenidade que isso nos proporcionará.
CHUPEMOS......
6 comentários:
LOL
Na 6ta quando fui ao super mercado também vi isso e pensei, era digno de se postar!!!
LOL
Chupemos então!!!
Beijo
Ah ah ahah ahahh!...
Isto é a glorificação do chupismo! Uma ode à boca na botija.
Se o São Chupança soubesse disto, o D. Quixote nunca teria arremetido a moínhos. Ficava entretidinho e com a boca laboriosa, rsrsrsrsrs... ;D
Aprende com os teus filhos, que eles não te aturam sempre...
Bem apanhada! Chupemos, pois! :)
Mas isto é mais antigo que o cagar de agachado!!!
Já o anúncio dizia
ó menino xupe, xupe
ó menino xupe lá
ó menino xupe, xupe,
xupe, xupe
no RAJÁ!!!!
"Isto é a glorificação do chupismo! Uma ode à boca na botija. "
É mesmo isso Catatau!
Chupemos por aí! Pelos campos, pelas cidades, deste nosso Portugal! Chupemos camaradas!
hehehe
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